Segundo a psicóloga Beth Furtado, “a sensação de posse é um prazer efêmero porque queremos sempre mais, sonhamos com o que não temos. A obsolescência ocorre já no ato da compra”.
Atire a primeira pedra quem nunca afogou as mágoas ou celebrou uma vitória se dando um presente, em geral, desnecessário, quase inútil. O pior é que quando não se encontra a felicidade nestas pequenas coisas, surge em seguida um profundo desapontamento.
Estímulo ao consumo é o que não falta, se você não tem o dinheiro que precisa para realizar “aquele sonho”, não é problema, tem o cartão de crédito, como pagar depois, é outra história, tem também as freqüentes propostas de empréstimos com mínimas exigências.
O que se fala aqui é do consumo desenfreado, não do consumo consciente. Afinal todos precisamos nos alimentar, nos vestir e também nos divertir.
Em 1992 uma ONG canadense criou o “dia de comprar nada”, 29 de novembro. A intenção do autor era de conscientizar as vítimas do consumo desenfreado sobre os riscos que o hábito representa para o planeta. Uma jornalista americana adotou a idéia e ficou um ano sem comprar supérfluo, o que resultou em um livro, ainda não traduzido em português. Ela diz que a ajuda de mantê-la firme no propósito foi definir o limite entre necessidade e desejo. Afirma ainda que descobriu um mundo de possibilidades e de valores estabelecidos por ela mesma.
Texto adaptado da revista Bons Fluídos – Duda Ramos
domingo, 26 de abril de 2009
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2 comentários:
Muito boa a reportagem!!!
Não sabia do "Dia de não comprar nada". Já faço isso e é incrível perceber como nos comportamos diante do consumo.
Reportagem muito legal, nunca imaginei que tinha o “dia de comprar nada”.
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